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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

O Relógio...


O colégio onde eu estudava, em menina, costumava encerrar o ano letivo com um espetáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa. Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente, ia ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco: escolheram uma colega minha para o desempenho principal. A mim coube uma ponta, de pouca importância. Minha decepção foi imensa. Voltei para casa em pranto. Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história, entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo: – Que é que você está vendo? – Um relógio de ouro, com mostrador e ponteiros. Em seguida, mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta: – E agora, o que está vendo? – Ora, mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos. Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu: Este relógio, tão necessário ao seu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos. Nós nos entrefitamos e, no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada. Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi, com a máquina daquele relógio, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos. Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi, também, que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido…

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Reflexão.


"O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar vazio... De quem por ele passa indiferente." (Mário Quintana) "Uma boa ação é aquela que faz aparecer um sorriso no rosto do outro." (Autor Desconhecido) “A tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ainda está vivo.” (Albert Schweitzer) “Para a maioria dos homens, a guerra é o fim da solidão. Para mim, é a solidão infinita.” (Albert Camus) “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.” (Albert Einstein) “Por que esta magnífica tecnologia que economiza trabalho e torna nossa vida mais fácil não nos traz um pouco de felicidade? A resposta é simples: porque ainda não aprendemos a usá-la com discernimento.” (Albert Einstein) “O tempo e o espaço são modos pelos quais pensamos e não condições nas quais vivemos.” (Albert Einstein) “Precisamos tomar cuidado para não fazer do intelecto o nosso deus. Ele tem músculos poderosos, é verdade, mas não tem nenhuma personalidade.” (Albert Einstein) “A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houverem crianças infelizes.” (Albert Einstein) “O mundo não está ameaçado por pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.” (Albert Einstein) “Faça as coisas o mais simples que você puder, porém, não as mais simples.” (Albert Einstein) "O grande pecado, hoje, é olhar de braços cruzados para um mundo cheio de doentes, famintos e injustiças. A grande injúria é passar ao largo e ir em frente." (Madre Tereza de Caucutá) "Somos como pássaros de uma só asa, precisamos nos unir para podermos voar." (Autor Desconhecido) "É necessário ter se feito muito para perceber que não se fez o bastante." (Autor Desconhecido) "Sua comunidade só será o que você fizer por ela." (Pe. Décio Heineck) "Viva na solidariedade, pois só a unidade é que faz a força." (Mons. Luis Vallejos) "Nosso planeta será salvo por muitas escolhas e posicionamentos individuais. Unindo nossas forças poderemos fazer um mundo melhor." (Bárbara Pyle) "Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre."(Mahatma Gandhi) "Se sou diferente de ti, longe de te lesar, te aumento." (Saint-Exupéry) "Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade." (Dalai Lama) "O orgulho devora a si mesmo." (William Shakespeare) "Morrer por uma causa não faz com que essa causa seja justa." (Henry de Montherlant) "Mostrar sentimentos não é sinal de fraqueza, é sinal de força interior." (Autor Desconhecido) "É preciso coragem para sentar e falar, mas também é preciso coragem para sentar e ouvir." (Autor Desconhecido) "Julga-se o homem capaz de grandes coisas pela atenção que presta às pequenas coisas." (Tácito) "Quem tem caridade no coração sempre tem alguma coisa pra dar." (Santo Agostinho) "A gratidão é a memória do coração." (Antístenes) "Uma caminhada de mil léguas começa sempre com o primeiro passo." (Provérbio chinês) "As virtudes do homem são como as estrelas do céu: algumas são fáceis de ver, mas outras requerem atenção para serem reconhecidas." (Autor Desconhecido) "Semelhante atrai semelhante. Ódio vai para quem tem ódio. Amor vai para quem tem amor." (Autor Desconhecido) "O perdão, antes de ser um ato de amor, é um ato de inteligência...." (Autor Desconhecido) "A independência não se faz com atitudes radicais e inesperadas, e sim na coerência com que dirige sua vida." (Autor Desconhecido) "O melhor livro de moral é a nossa consciência. Temos que consultá-lo muito freqüentemente." (Pascal)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A Fábula do Rato.


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !! A galinha disse: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. O rato foi até o porco e disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira ! - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações. O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse: - O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não ! Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. “Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.”

domingo, 5 de julho de 2015

O PODER DA PRECE.


Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar. O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família, ela implorou: - Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver” ao que lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta. Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: - “Você tem uma lista de mantimentos?”, Sim! Respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei de mantimentos”. A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: - Eu não posso acreditar! O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido... Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: - Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos... O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: - Valeu cada centavo... Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança havia quebrado, entretanto, só Deus sabe o quanto pesa uma prece... Para refletir: “Pedi e te darei, batei abri-se-vos-á... Estes são os ensinamentos recebidos que, associados à paciência e perseverança, asseguram o poder da prece. Continue orando ou rezando uns pelos outros... vale a pena

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O LIVRO DOS MILAGRES.


Um homem religioso tinha um hábito incomum: guardava dinheiro dentro do seu exemplar da Bíblia Sagrada. Acreditava que, assim fazendo, Deus abençoava as células ali guardadas. Certo dia, recebeu seu salário no banco, separou uma nota de grande valor, pôs dentro da Bíblia - que frequentemente conduzia consigo, tomou o ônibus e foi para casa. Ao descer da condução, esqueceu a bíblia, que ficou no banco ao lado onde sentara. Quando percebeu, era tarde, o ônibus já havia dobrado a esquina e seguido seu destino. Embora triste com a perda, desejou que Deus pusesse aqueles bens – a Bíblia e o dinheiro - em mãos merecedoras. Lá adiante, um grupo de jovens estudantes entrou no ônibus e qual não foi o alarde que os moços fizeram quando viram a Bíblia ali deixada. Começaram a tirar a sorte para ver quem ficaria com o livro. Nenhum deles queria a oferta, tratada, naquele instante, como algo humilhante. Trocavam brincadeiras, galhofas e acusações. - É tua, que és metido a santo! - dizia um. - Repara, é tua, que és pecador arrependido! - dizia o outro. Durante um bom tempo o livro foi passado de mão em mão, servindo sempre como motivo de gracejo entre o grupo. Mais adiante, adentrou o ônibus um jovem, também estudante, conhecido da turma que brincava com a Bíblia. Era um moço humilde, de poucas posses, de conduta serena e que, por conta disso, era sempre alvo de gozação dos seus companheiros. Ao vê-lo entrar, o deboche foi geral e, para espanto do moço, entregaram-lhe a Bíblia, debaixo de forte zombaria e risadas. O rapaz recebeu o livro com naturalidade, sem dar mostras de que havia se magoado com os insultos. Sentou-se no último banco do ônibus e pôs-se resignadamente a folheá-lo quando, para sua surpresa, e de todos os que o observavam, descobriu a cédula ali existente. Era a mais elevada quantia em circulação no país. Contente, o moço retirou a cédula de dentro da Bíblia, dobrou-a e colocou-a no bolso. Pôs no rosto um largo sorriso de vitória, encarou seus ex-gozadores que se olhavam silenciosos e perplexos, e disse agradecido: "Obrigado!... eu estava precisando." Na página onde se encontrava o dinheiro, lia-se um ensino de Jesus, grafado pelo ex-dono da Bíblia: "Aquele que se exaltar será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado" (Mateus 23;12)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Empurre Sua Vaquinha.


Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita... Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeiras, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... Então se aproximou do senhor aparentemente o pai daquela família e perguntou: Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho, então como o senhor e a sua família sobrevivem aqui? E o senhor calmamente respondeu: "Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc .... para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo". O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou: Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo". O jovem arregalou os olhos espantando e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los. Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu: Continuam morando aqui. Espantado ele entrou correndo na casa, e viu que era mesmo a família que visitara com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da a vaquinha): Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida ??? E o senhor entusiasmado, respondeu: Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora... Ponto de reflexão: Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma conveniência com a rotina. Descubra qual, a sua ... e empurre a sua "vaquinha" morro abaixo,

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Linda História Chinesa


Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota, falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa...' A velhinha sorriu: 'Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado e todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa. Cada um de nós tem o próprio específico defeito. Mas o defeito que cada um de nós tem é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é e descobrir o que tem de bom nele.'

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Amor sem ilusão.


Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades. Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio. E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse. Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse: - Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. - Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente.- Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. - Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro. - Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas? Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada: - Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. - Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. - Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. - Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto. Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade: - Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem? - O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. - É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor. A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória. O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal. Pense nisso! As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados. O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Paciência é uma chave preciosa.


Tenha paciência e saiba esperar. Tudo tem seu tempo. Nada acontece antes e nem depois, e muito menos or acaso. Teu momento se aproxima. Ore por ele, peça por ele, chame pelo momento de enxergar a luz. Mas paciência, na terra não se resume só isso. Tê-la é tornar-te receptivo ao próximo, respeitar o ritmo de tudo e de todos, saber conduzir-te dentro das leis naturais e universais.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Triste desilusão.


Triste, quando você conhece pela Internet uma pessoa que parece se identificar com seu jeito carinhoso de ser,e vai criando uma afinidade, que não sabe se é amizade ou amor. Mas sente falta quando ele não aparece, e quando está pressente seus olhos brilham de felicidade, as palavras escritas faz você ficar extasiadas de emoção,elas envolvem de uma tal forma que a sua carência em que vive , fica pequena diante daquele amor ali presente. O tempo passa, e sente que um dia o sonho de encontrar pessoalmente, é tudo que quer na vida. O tempo passa. Um dia chega o momento do encontro. Ele vem, lhe abraça como você fosse a mulher da sua vida.está ali diante dos seus olhos o momento tão esperado, não lhe importava o seu físico, o que importava era seu coração. e acreditava tudo que falava. Era um sonho realizado "Pensava você com a sua inocência" E não passava pelos seus pensamentos que aquilo era tudo falso, o amor era só seu, na realidade estava ali de frente com um aproveitador de pessoas carentes, "Um Lobo em forma de um Cordeiro".Mas só deu por conta quando ele se foi, que ele deixou a máscara cair, quando percebeu que levou coisas que para você eram muito valiosas, e como recuperar se ele era do Exterior. Mas ficou uma grande mágoa dentro de você. E hoje em dia nunca mais acreditará em ninguém que seja da Internet. Ali todos são iguais, uns aproveitadores de uma Mulher Carente. De Ruth para " Vidas e Sonhos "

domingo, 13 de outubro de 2013

A MENTIRA.


Nunca use a mentira , nunca fale debalde... Sejas sempre digno e honesto, jamais diga bobagem Fale sempre como homem, mostre sempre lealdade Sejas homem o tempo todo, falando sempre a verdade Teu exemplo ajuda o mundo, cada gesto uma lição Por isso tome cuidado, quando tomares decisão Use sempre a consciência, resista as tentações Se fores justo com todos, conquistarás multidões Vença sempre a ti mesmo, não mude a tua imagem Para falar a verdade, nunca percas a coragem Não vacile um instante, para ter capacidade... De com tua fé e amor, chegar até Deus na eternidade Para teres força necessária, para ajudar os dignos de piedade Em todos os momentos da vida, procure sempre ajudar O que deres espiritualmente, nunca procure cobrar O bem que fizeres ao teu próximo, só Deus pode recompensar Quando tu menos esperas, a recompensa virá Fale sempre a verdade, em qualquer situação que estejas Nos momentos difíceis da vida, acredite, para que Deus te proteja Ele está em toda parte, mesmo que muitos não vejam Protege todas as vidas, que estão na natureza Não use a hipocrisia, para não te envergonhar A mentira tem pernas curtas, dura até a verdade chegar Não apague tua luz, para nas trevas ficar Para no caminho de Deus, poder sempre caminhar... O homem se avalia, pelas suas ações A mentira é baixeza, a verdade é elevação O mentiroso não enxerga, vive na escuridão Seu corpo é uma casa vazia, sem porta e sem patrão É um depósito de lixo, um túnel na escuridão Não entra nem sai coisa boa, só lixo e podridão Ali fica o resto de tudo, do mal é habitação É obra-prima do maligno, condutor da perdição É água contaminada, lama que não seca e não sai do lugar Não é como a água limpa, que vai a sede matar É uma escuridão que fica, até a verdade chegar Quem a usa fica cego, e nunca poderá enxergar É a alma do covarde, de quem perdeu a razão De quem esqueceu de si mesmo, e vive na escuridão De quem tem medo da verdade, e se sente um ladrão Porque roubou de si mesmo, a honra de cidadão Halo - Espírito de Luz Psicografada Pelo Médium Rui Souza.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ilumina teus pensamentos.


Luz é onde não há trevas. Tua consciência é a luz e, portanto, no teu universo pessoal (aquele que a tua consciência dita) não há espaços para as sombras, pois ele é em si a própria luz. Quando pensamentos esparsos te invadem a mente e te colocam face a face com o lado escuro e sombrio do que quer que seja, joga a luz da consciência sobre esses pensamentos, ilumina-os e enxerga-os como eles verdadeiramente são. Verás que não são tão assombrosos assim. Verás que a luz lhes dá novos contornos, com os quais saberás lidar , pois não mais estarás no escuro, não mais estarás agindo as cegas. Os pensamentos vêem , mas tu podes vê-los claramente .Se for preciso, se não te servirem , descarta-os. de Ruth para " Vidas e Sonhos".

terça-feira, 16 de julho de 2013

Pedras grandes.


Um professor de ciências queria demonstrar um conceito a seus alunos. Pegou um vaso de boca larga e colocou algumas pedras no seu interior. Depois perguntou a classe: - O que acham, está cheio? Uníssonos, os alunos responderam ; - Sim! O professor pegou um balde contendo pedregulhos entornou o conteúdo dentro do vaso. As pequenas pedras alojaram-se nos espaços entre as rochas grandes. Novamente o professor perguntou aos alunos: -E agora está repleto? Desta vez. alguns estavam em dúvidas, mas a maioria respondeu : Sim! O professor, porém levou uma lata repleta de areia e começou a derramá-la dentro do vaso. O mineral preencheu os espaços que havia entre os pedregulhos, e pela terceira vez , indagou: -Então o que acham está cheio? Agora a maioria estava receosa, mas , novamente , diversos responderam: _Sim! O professor mandou buscar um jarro de água e jogou o líquido dentro do vaso. Ao que a água saturou a areia. Nesse ponto o professor perguntou a classe: - Qual o objetivo dessa demonstração? Um jovem e notável aluno levantou a mão e respondeu: -Não importa quanto a "agenda" da vida de uma pessoa esteja cheia, ela sempre conseguirá "espremer" dentro mais coisas! - Não respondeu o professor - A questão é a seguinte: a menos que você coloque as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais conseguirá colocá-las la dentro. As pedras grandes são mais importantes da sua vida: seu relacionamento com Deus. sua família, seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional. Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas. como demonstrei com os pedregulhos , com a areia e com a água , as coisas realmente importantes nunca terão tempo nem espaço em sua vida.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O Quadro.


Um homem havia pintado um lindo quadro… No dia de apresentá-lo ao publico, convidou todo mundo para vê-lo… Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, enfim, uma multidão. Afinal, o pintor além de um grande artista, era também muito famoso. Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro. Houve caloroso aplauso… Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa… O Cristo parecia vivo. Com ouvido junto à porta, ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia. Houve discurso e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte. Porém, um curioso observador, achou uma falha no quadro… A porta não tinha fechadura. E intrigado, foi perguntar ao artista… - Sua porta não tem fechadura! - Como se fará para abri-la? - É assim mesmo. Respondeu-lhe o artista. - Esta é a porta do coração humano… Só se abre pelo lado de dentro.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Concentração.


Após ganhar vários torneios de Arco e Flecha, o jovem e arrogante campeão resolveu desafiar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro. O jovem demonstrou grande proficiência técnica quando ele acertou em um distante alvo na mosca na primeira flecha lançada, e ainda foi capaz de dividi-la em dois com seu segundo tiro. “Sim!”, ele exclamou para o velho arqueiro, “Veja se pode fazer isso!” Imperturbável, o mestre não preparou seu arco, mas em vez disso fez sinal para o jovem arqueiro segui-lo para a montanha acima. Curioso sobre o que o velho estava tramando, o campeão seguiu-o para o alto até que eles alcançaram um profundo abismo atravessado por uma frágil e pouco firme tábua de madeira. Calmamente caminhando sobre a insegura e certamente perigosa ponte, o velho mestre tomou uma larga árvore longínqua como alvo, esticou seu arco, e acertou um claro e direto tiro. “Agora é sua vez,” ele disse enquanto ele suavemente voltava para solo seguro. Olhando com terror para dentro do abismo negro e aparentemente sem fim, o jovem não pôde forçar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alvo de lá. “Você tem muita perícia com seu arco,” o mestre disse, percebendo a dificuldade de seu desafiante, “mas você tem pouco equilíbrio com a mente que deve nos deixar relaxados para mirar o alvo.”

domingo, 2 de junho de 2013

O rio da vida.


Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas. Em certo ponto de seu percurso, notou que a sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar. Olhou, então, para Deus e protestou: - Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso e o Senhor me obriga a atravessar um pântano sujo como esse! Deus respondeu: - Isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele. Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano. Aí você se transformará em mar…

terça-feira, 28 de maio de 2013

Escrava Anastácia.


Anastácia por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu. Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais, colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da negra . Anastácia, já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não se teve como evitar a destruição também dos poucos documento que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referentes à escrava Anastácia " A Santa ", além da imagem que a história ou lenda deixou em volta de seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.

quinta-feira, 21 de março de 2013

O Rei Bondade, o grande. Contos.


Era uma vez, um Ser Iluminado que nasceu na família real, em Benares, norte da Índia. Quando se tornou rei foi chamado de Rei Bondade, o Grande. Ele ganhou este título porque tentava fazer boas coisas o tempo todo, até mesmo quando os resultados pudessem não ser em seu benefício. Por exemplo, ele despendeu muito do tesouro real na construção e manutenção de seis casas de caridade. Ajuda e manutenção eram dadas gratuitamente nestas casas para todos os pobres e necessitados que chegavam, mesmo até aos viajantes desconhecidos. Rapidamente ele tornou-se famoso pela sua paciência, afetuosa, gentileza e compaixão. Era dito que ele amava todas as criaturas como um pai ama seus filhos menores. Claro que o Rei Bondade, o Grande, jejuava, respeitando os dias santificados, e naturalmente praticava os "Cinco Passos de Treinamento," renunciando às ações nocivas, que são: matar, roubar, promiscuir-se sexualmente, mentir, e drogar-se. Assim sua humana bondade tornou-se mais e mais pura. Uma vez que ele não desejava fazer mal a ninguém, o Rei Bondade, até mesmo recusava prender ou prejudicar malfeitores. Sabendo disto, um dos seus mais importantes ministros tentou tirar vantagem dele. Inventou um plano para enganar algumas das mulheres do harém real. Posteriormente isto tornou-se conhecido por todos e foi reportado ao rei. O rei chamou o mau ministro a sua presença e disse, "Eu investiguei e descobri que você cometeu um ato criminoso. O boato tem se espalhado e você desonrou a si próprio aqui em Benares. Então, é melhor que saia daqui e vá viver em qualquer outro lugar. Você deve pegar toda a sua fortuna e sua família, vá para onde quiser e seja feliz lá, e aprenda esta lição". O ministro pegou sua família e todos os seus pertences e foi para a cidade de Kosala, sendo na realidade muito esperto ele se esforçou e se tornou um ministro do rei, com o tempo ele veio a ser o conselheiro mais confiável do Rei de Kosala. Um dia ele disse ao rei, "Meu senhor, eu vim para cá de Benares, a cidade de Benares é como uma colméia onde as abelhas não mordem, o rei dominante é muito brando e fraco, com apenas um pequeno exército poderá facilmente conquistar a cidade e fazê-la sua." O rei duvidou disto e então disse, "Você é meu ministro, mas fala como um espião que está me induzindo a entrar numa cilada!" O ministro respondeu, "Não, meu senhor, se não me acredita, mande seus melhores espiões para verificar o que eu digo, não estou mentindo, quando ladrões são trazidos à presença do Rei de Benares, ele lhes dá dinheiro, e os aconselham a não tomar o que não lhes é dado, e os deixam ir livremente". O rei decidiu averiguar para ver se isto era verdade, então ele mandou alguns ladrões para atacar uma antiga vila da fronteira pertencente ao reino dos Benares, os aldeões capturaram os saqueadores e os trouxeram ao Rei Bondade, o Grande, ele os indagou, "Por que vocês querem cometer este tipo de crime? Os ladrões responderam, " Vossa Majestade, nós somos pessoas pobres. não há como viver sem dinheiro, como existem muitos trabalhadores no seu reino, não há trabalho para nós aqui, de modo que tivemos de saquear a província a fim de sobrevivermos." Ouvindo isto, o rei deu-lhes presentes em dinheiro e os advertiu a mudarem seus meios de vida, e os deixou ir embora livremente. Quando o Rei de Kosala ficou sabendo disto, mandou outra gang de bandidos desta vez para as ruas de Benares, eles também saquearam as lojas e até mataram algumas pessoas. Quando foram capturados e levados à presença do Rei Bondade, o Grande, ele os tratou da mesma forma como aos primeiros ladrões. Sabendo disto, o Rei de Kosala começou a marcha com sua tropa e seus elefantes em direção à Benares. Naquela época o Rei de Benares tinha um poderoso exército o qual incluía muitos bravos elefantes, havia muitos soldados, e também alguns que eram tão grandes como gigantes, era sabido que eles eram capazes de conquistar a Índia toda. Os gigantes soldados contaram ao Rei Bondade, o Grande, sobre a invasão do pequeno exército de Kosala e pediram permissão para atacá-los e matá-los a todos. Mas o Rei Bondade, o Grande, não os mandariam para batalha. Ele disse, "Meus filhos, não briguem apenas para que eu permaneça rei, se destruirmos as vidas de outros, nós também destruímos nossa própria paz mental, por que deveríamos matar outros? Deixem que eles tomem o reino se eles o querem tanto, eu não desejo brigar." Os ministros reais disseram, " Meu Senhor, nós próprios iremos lutar com eles, não se preocupe, apenas nos dê a ordem." Porém, mais uma vez, o Rei Bondade, o Grande, os impediu. Enquanto isso o Rei de Kosala mandou um aviso, dizendo ao Rei Bondade, o Grande, que lutasse ou abrisse mão de seu reino. O Rei Bondade lhe mandou esta resposta: "Eu não quero que você lute comigo, e você não quer que eu lute com você. Se quiser o reino, você pode tê-lo. Por que deveríamos matar pessoas apenas para decidir o nome do rei? Que importa até mesmo o próprio nome do país?" Ouvindo isto, os ministros vieram à presença do rei e apelaram, "Meu Senhor, deixe-nos ir com nosso poderoso exército, vamos vencê-los com nossas armas e capturá-los a todos, somos mais fortes do que eles, não temos que matar ninguém e além do mais, se entregarmos a cidade, as forças inimigas certamente nos matarão a todos!" Mas o Rei Bondade, o Grande, não se comoveu, recusou-se prejudicar a qualquer pessoa e respondeu, "Mesmo que vocês não desejem matar, pela luta muitos poderão ser feridos e por acidente alguns podem morrer, ninguém sabe o futuro - se nossos atacantes irão nos matar ou não, porém sabemos se nossas ações presentes são certas ou erradas, além do mais, eu não irei prejudicar, ou deixar que outros prejudiquem, qualquer ser vivente!" O Rei Bondade, então, mandou que os portões da cidade fossem abertos aos invasores. Ele levou seus ministros para o andar de cima do palácio e os advertiu, "Não digam nada e tentem manterem-se calmos." O Rei de Kosala entrou na cidade de Benares e viu que não havia ninguém contra ele, então ele e seus soldados entraram e foram para o andar de cima e capturaram o inocente Rei Bondade, o Grande, os soldados amarraram as mãos do rei derrotado e de todos os seus ministros. Eles foram levados para o cemitério fora da cidade, foram enterrados, de pé, até o pescoço, tendo apenas suas cabeças sobre o solo, mas até mesmo enquanto a terra suja estava quase prendendo seu pescoço, o Rei Bondade, permaneceu sem nenhuma raiva em sua mente e nem disse nada. Quanto aos seus ministros, sua disciplina e obediência ao Rei Bondade, era tão grande que nenhum disse qualquer palavra contra ninguém, o Rei de Kosala porém não teve dó e disse com tom rude, "A noite está chegando, deixem os chacais fazerem bom proveito desses!" E aconteceu que, à meia-noite, um grande bando de chacais pairara sobre o cemitério. Podiam sentir o cheiro do banquete de carne humana esperando por eles. O Rei Bondade e seus ministros, vendo os chacais se aproximando gritaram todos ao mesmo tempo e os espantaram, isto aconteceu mais duas vezes, daí os sabidos chacais concluíram, "Estes homens devem ter sido colocados aqui para que os matemos e os comamos." e, não mais amedrontados, eles ignoraram os gritos. O chacal rei caminhou justamente para o rosto do Rei Bondade, o rei ofereceu seu pescoço para o canídeo, porém antes que o animal pudesse mordê-lo, o Rei agarrou com seus dentes o queixo do chacal, e sem machucá-lo apertou-o com força de forma que o chacal rei uivou de medo. Isto amedrontou seus companheiros e todos eles foram embora. Nesse meio tempo o chacal rei debatia-se de um lado para outro, tentado desesperadamente livrar-se das poderosas mandíbulas do rei humano, e ao fazer tal movimentos ele liberava a terra suja agrupada ao redor do pescoço e dos ombros do rei, então, o Rei Bondade liberou o uivante chacal e conseguiu livrar-se da terra solta e levantar-se do solo. Então ele libertou seus amedrontados ministros. Alí por perto havia um cadáver, acontece que esse cadáver estava justamente no limite dos territórios reivindicados por dois demônios rivais. Eles estavam argüindo sobre a divisão do cadáver, insultando-se um ao outro da forma que somente demônios sabem fazer. Então um demônio falou para o outro, "Por que continuar discutindo ao invés de comer? justo alí está o Rei Bondade, o Grande, de Benares, ele é famoso em todos os mundos pela sua justiça, ele irá dividir o cadáver para nós. Eles arrastaram o cadáver para perto do rei e pediram-lhe para dividi-lo entre eles imparcialmente, o Rei respondeu, "Meus amigos, eu ficarei feliz em dividir este cadáver entre vocês, mas eu estou sujo e indecente e preciso me limpar primeiro." Os dois demônios usaram de seus mágicos poderes para trazer água perfumada, perfume, roupas, ornamentos e flores do próprio palácio em Benares. O rei banhou-se, perfumou-se, vestiu-se e se cobriu com os ornamentos e coroa de flores. Os demônios perguntaram ao Rei Bondade se havia algo mais que eles pudessem fazer. O rei respondeu que estava com fome, então, novamente, pelos seus mágicos poderes os demônios trouxeram o mais delicioso e temperado arroz, numa tigela de ouro, e água perfumada para beber, num copo de ouro - também do palácio real em Benares. Quando estava satisfeito, o Rei Bondade pediu aos demônios que lhe trouxessem a espada real, do travesseiro do Rei de Kosala, que estava dormindo no palácio em Benares. Por mágica aquilo também foi feito facilmente. Então o rei usou a espada para cortar o cadáver em duas metades, pela espinha abaixo, ele então lavou a espada real e a prendeu no seu cinto. Os famintos demônios, felizes, devoraram o cadáver, imparcialmente dividido, então, agradecidos eles disseram ao Rei Bondade, "Agora, que nossas barrigas estão cheias, há mais alguma coisa que podemos fazer por você?" O rei respondeu, "Com sua mágica, levem-me ao meu próprio quarto no palácio, ao lado do Rei de Kosala. Também, levem todos os meus ministros de volta às suas casas." Sem dizer uma palavra os demônios fizeram exatamente o que o rei lhes pediu. Naquele momento o Rei de Kosala estava dormindo profundamente na cama dos aposentos reais. Rei Bondade, o Grande, gentilmente tocou a barriga do rei adormecido com a espada real, o rei acordou muito surpreso, e por causa da pouca claridade de luz, ficou amedrontado ao ver o Rei Bondade inclinado sobre ele com a espada na mão, ele teve de esfregar seus olhos para se certificar de que não estava tendo um pesadelo! Então ele perguntou ao Grande Rei, "Meu Senhor, como conseguiu chegar até aqui apesar de todos os meus seguranças? Você estava enterrado até o pescoço no cemitério - como pode estar livre da sujeira, cheirando bem, vestido com seus robes reais e adornado com finas jóias e com as mais lindas flores? O Rei Bondade contou-lhe a história de como escapou do bando de chacais e também falou dos dois demônios que vieram até ele para resolver suas disputas, assim como do quanto eles ficaram agradecidos e o ajudaram com seus poderes mágicos. . Ouvindo isto o Rei de Kosala ficou subjugado pela sua própria vergonha, ele baixou sua cabeça para o Rei Bondade, o Grande, e disse, "Oh grande rei, os estúpidos e ferozes demônios, que vivem de comer a carne e beber o sangue de cadáveres - eles reconheceram sua suprema bondade, mas eu, que tive sorte bastante de haver nascido como um inteligente e civilizado ser humano - tenho sido muito tolo em não ver quão maravilhosamente pura é a sua bondade, eu prometo nunca mais conspirar contra ti, meu Senhor - que conquistou tal perfeita inofensividade, e prometo servi-lo para sempre como o mais confiável dos amigos, por favor me perdoe, ó grande rei." E, como se ele fosse um servo, o Rei de Kosala deitou o Rei Bondade, o Grande, na cama real, enquanto ele próprio deitou-se num pequeno sofá. No dia seguinte o Rei de Kosala chamou a todos os seus soldados para dentro do pátio do palácio. Alí, publicamente, louvou o Rei de Benares, e pediu seu perdão uma vez mais, entregou de volta o reino e prometeu que ele sempre iria proteger o Rei Bondade. Depois, ele puniu seu conselheiro, o ministro criminoso, e retornou para Kosala com suas tropas e seus elefantes. Rei Bondade, o Grande, sentou-se majestosamente em seu trono dourado. Ele estava protegido do sol por um branco e puro guarda-sol real, ele ensinou a seus fiéis súditos dizendo, " Povo de Benares, perfeição começa em se abrindo mão das cinco ações nocivas de uma vez por todas, as mais nobres qualidades de uma boa pessoa, seja ela rei ou súdito, são a gentileza e a compaixão, repleto destas qualidades, ninguém prejudica ninguém - qualquer que seja o preço ou o motivo, não importa quão perigosa seja a ameaça, a pessoa deve perseverar até que a grandeza de seu bom coração vença no final." Pelo resto do seu reinado, o povo de Benares viveu feliz e pacificamente. O Rei Bondade, o Grande, continuou realizando salutares trabalhos. Finalmente ele morreu e renasceu como merecia. Moral da história: "Recusando-se a prejudicar os outros, o bom de coração vence a tudo." A tradução deste texto é uma preciosa colaboração de Teresinha Medeiros dos Santos -

sexta-feira, 15 de março de 2013

O castelo encantado. conto Budista.


o capítulo sétimo "KEJOYU" (Parábola do Castelo Encantado), Sakyamuni inicia contando a história de um Buda chamado Daitsu (ou Daitsuticho) que viveu em uma terra chamada Kojo (Bem Completa), na época Daisso (Grande Forma), em um tempo chamado sanzen-jintengo (ou seja, uma época situada a cerca de tres mil aeons vezes dezesseis milhões de anos, portanto no remotíssimo passado). Esse Buda Daitsu que era pai de dezesseis filhos, atingiu a iluminação e foi homenageado pelos filhos que imploraram para que o pai lhes ensinasse a Lei, para a salvação deles e das outras pessoas, de forma que pudessem obter a Sabedoria. O Buda então pregou o Sutra de Lótus para os filhos e as pessoas, durante muitíssimo tempo. Todos os filhos acreditaram e praticaram, enquanto muitas das outras pessoas tiveram dúvidas. O Buda Daitsu, então, após deixar a profunda meditação, dirigiu-se à audiência dizendo : "Estes dezesseis Bodhisattvas de excelente sabedoria empreenderam uma dificílima prática numa existência prévia da vida. Quem acreditar e acalentar a Lei que eles expõem atingirá a iluminação". O Buda Sakyamuni, então, continua (no sétimo capítulo do Sutra de Lótus) dizendo que todos aqueles Bodhisattvas já atingiram a iluminação, como Budas, e que estão ensinando a Lei em seus próprios mundos. E acrescenta que o décimo-sexto filho é ele próprio, Sakyamuni. Aqueles que o haviam ouvido pregar, desde aquela época remota de sanzen jintengo, e tiveram fé no Sutra de Lótus, dividiram-se em dois grupos. O primeiro foi constituído por aqueles que continuaram a prática e atingiram a iluminação. O segundo grupo abandonou, mais tarde, a fé no Sutra de Lótus e aceitou ensinos budistas inferiores. Estes últimos foram aqueles que renasceram como discípulos de Sakyamuni, na Índia, para ouví-lo pregar novamente o Sutra de Lótus e recuperar a fé, para atingir a iluminação. Assim, Sakyamuni relata a parábola do castelo encantado e da terra do tesouro. Existiu, certa vez, uma terra do tesouro num lugar muito distante. A estrada que lhe dava acesso era terrível e era quase impossível caminhar por ela. Certo dia, um grupo de pessoas resolveu ir a essa grande terra. Junto a eles, ia um excelente guia conhecido pela sua sabedoria e familiaridade com a estrada. Seu único desejo era superar todas as dificuldades ao longo do caminho e levar as pessoas ao seu destino, em segurança. Durante a viagem, entretanto, as pessoas ficaram cansadas e disseram ao guia : * "Estamos exaustos e esta estrada é horrível. O destino é muito distante para ser alcançado. Queremos voltar para casa". Ouvindo-os reclamar, o guia percebeu que seria terrível se as pessoas desistissem no meio do caminho, sem ver a terra. E assim, com poderes místicos, o guia fez um castelo encantado aparecer diante do grupo, e disse : * "Não percam a coragem. Não é preciso voltar. Vejam o castelo diante de vocês. Depois de entrar, terão paz e segurança." Animados, eles disseram : * "Nunca vimos um castelo tão esplêndido. Agora podemos descansar e esquecer as nossas preocupações." Com muita vontade, entraram no castelo encantado e descansaram, convencidos de terem encontrado a verdadeira felicidade. Logo, eles recuperaram os ânimos, mas então, para assombro de todos, o guia fez o castelo encantado desaparecer. Ele disse : * "Vamos partir. O verdadeiro tesouro não está longe. O castelo onde acabam de repousar é apenas uma ilusão que criei para vocês descansarem." E assim, o grupo pode continuar a viagem, pela difícil estrada, em direção à terra dos tesouros." Explanação Depois de contar a parábola, Sakyamuni explicou o significado. Ele disse que o guia representa o Buda. O Buda orienta as pessoas que trilham os maus caminhos da vida, para que elas possam atingir a iluminação. Se as pessoas ouvissem apenas o ensino do supremo veículo (o Estado, ou Caminho, ou Veículo da Budicidade --- veja, neste site a respeito da Filosofia e Princípios Básicos do Budismo) iriam pensar: " O caminho para o Estado de Buda é muito distante. Teremos que nos esforçar dolorosamente, por longo tempo, a fim de conseguí-lo". O Buda Sakyamuni entendia as pessoas e procura dar-lhes descanso durante o caminho. Portanto, neste capítulo sétimo, Sakyamuni define o castelo encantado como um meio (um expediente) para conduzir as pessoas à terra do tesouro (Estado de Buda), onde podem gozar felicidade absoluta. Ou seja, o castelo encantado representa os ensinos dos três veículos (Estados de Erudição, de Absorção e de Bodhisattva). Para os discípulos de Sakyamuni, o Buda expôs os ensinos dos três veículos como trampolim para ajudá-los a avançar ao destino final. Nitiren Daishonin interpreta esta parábola sob um ponto de vista mais profundo. no Ongui Kuden (Registros dos Ensinos Orais), ele revela o princípio de que o castelo encantado representa as nossas vidas como mortais comuns. A terra do tesouro representa o Estado de Buda. Ou seja, as nossas vidas contêm o Estado de Buda. Nós somos seres transitórios ou mortais, que sempre sofrem com os desejos mundanos ou se acomodam com satisfações passageiras e voláteis desses desejos, voltando a sofrer. Entretanto, Daishonin inscreveu o Gohonzon para mostrar o princípio da transformação do castelo encantado numa terra do tesouro, sem que precisemos ir a nenhum outro lugar senão dentro de nós próprios. Quando fazemos nossa prática, recitando Daimoku ao Gohonzon, nós nos manifestamos como entidades do Estado de Buda. Então, a nossa residência, não importando onde esteja, transforma-se instantaneamente e simultaneamente em nossa própria terra do tesouro. Para isso, precisamos, também, exercitar, com benevolência e sabedoria, a prática de semear o Sutra de Lótus, adubando, irrigando e cuidando, com carinho e devoção, da semente do Estado de Buda que existe na vida de todas as pessoas destes nossos dias. Neste capítulo sétimo, Sakyamuni também esclarecesse que a relação entre o mestre e o discípulo não se limita a uma vida, mas continua por toda a eternidade. Sakyamuni afirma : "Existência após existência eles sempre nasceram juntos com os seus mestres, nas terras dos Budas, em todo o universo." Não foi por simples acaso que nós nascemos neste mundo e conhecemos o Budismo de Nitiren Daishonin, praticando sob a orientação de nosso Mestre, Daisaku Ikeda. O mestre e o discípulo sempre nasceram no mesmo mundo, para praticarem juntos, para propagarem juntos o Sutra de Lótus e para, juntos, conduzirem as pessoas à felicidade e à sabedoria absolutas do Estado de Buda. Preciosa Colaboração de Márcio Barros As Mais Belas Histórias Budistas -

sábado, 9 de março de 2013

A árvore generosa (Shel Silvertein, adapt. Fernando Sabino)


Era uma vez uma Árvore que amava um Menino. Todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos. E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha. O Menino amava a Árvore profundamente. E a Árvore era feliz! Mas o tempo passou e o Menino cresceu! Um dia, o Menino veio e a Árvore disse: - Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz! - Estou grande demais para brincar. – o Menino respondeu – Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer? - Sinto muito, – disse a Árvore – eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, Então terá o dinheiro e você será feliz! E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora. E a Árvore ficou feliz! Mas o Menino sumiu por muito tempo, e a Árvore ficou tristonha outra vez. Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu, tamanha a sua alegria, e disse: - Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz! - Estou muito ocupado pra subir em Árvores – disse o menino -. Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer? - Eu não tenho casa, – a Árvore disse – mas corte meus galhos, faça a sua casa e seja feliz. O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora pra fazer uma casa. E a Árvore ficou feliz! O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar: - Venha, venha, meu Menino, – sussurrou – venha brincar! - Estou velho para brincar, – disse o Menino – e estou também muito triste. Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer? - Corte meu tronco e faça seu barco. – a Árvore disse – Viaje pra longe e seja feliz! O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou. E a Árvore ficou feliz, mas não muito! Muito tempo depois, o Menino voltou: - Desculpe Menino, – a Árvore disse – não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram. - Meus dentes são fracos demais pra frutos – falou o Menino. - Já se foram os galhos para você balançar – a Árvore disse. - Já não tenho idade pra me balançar – falou o menino. - Não tenho mais tronco pra você subir – a Árvore disse. - Estou muito cansado e já não sei subir – falou o Menino. - Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer – suspirou a Árvore -, mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe… - Já não quero muita coisa – disse o Menino -, só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado. - Pois bem – respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. – Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar. Venha Menino, depressa, sente-se em mim e descanse. Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz! “A Amizade é um sentimento que se leva para sempre.”

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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