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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pontos de Vista


Existia um mosteiro Zen, conduzido por dois irmãos. O mais velho era muito sábio, e o mais novo, ao contrário, era tolo e tinha apenas um olho. Para um forasteiro conseguir hospedagem por uma noite nesse mosteiro, tinha de vencer um dos monges em um debate sobre o Zen. Uma noite, um forasteiro foi pedir asilo. Como o velho monge estava cansado, mandou o mais novo confrontar-se com ele, com a recomendação de que o debate fosse em silêncio. Dessa forma, o monge tolo não cometeria enganos. Algum tempo depois, o viajante entrou na sala do sábio monge e disse: "Que homem sábio é o seu irmão! Conseguiu vencer-me no debate e, por isso, devo ir-me". O velho monge, intrigado, perguntou: "O que aconteceu?" E escutou a resposta: "Primeiramente, ergui um dedo simbolizando Buda, e seu irmão levantou dois simbolizando Buda e seus ensinamentos. Então, ergui três dedos para representar Buda, seus ensinamentos e seus discípulos, e meu inteligente interlocutor sacudiu o punho cerrado, à minha frente, para indicar que todos os três vêm de uma única realização". Pouco depois, entra o monge tolo, muito aborrecido, e é saudado pelo irmão, que lhe perguntou o motivo de sua chateação. E o caolho respondeu: "Esse viajante é muito rude. No momento em que me viu, levantou um dedo, insultando-me, indicando que tenho apenas um olho. Mas, como ele era visitante, eu não quis responder à ofensa e ergui dois dedos, parabenizando-o por ele ter dois olhos. E o miserável levantou três dedos, para mostrar que nós dois juntos tínhamos três olhos. Então fiquei furioso e ameacei dar-lhe um soco, com o punho cerrado. E, assim, ele foi embora".

Uma Questão de Bom Senso.


Um rico fazendeiro possuía uma grande propriedade muito fértil, e ao seu lado havia um vizinho muito pobre com um pequeno sítio, de terras muito áridas. Um grande lago de águas límpidas cobria grande parte das terras do rico e o vizinho pobre ao lhe solicitar um pequeno córrego para irrigar sua insignificante propriedade, lhe respondeu o rico: “Se faço isso, logo ficarei sem água, pois um pede um pouco, depois quer mais, e assim, nunca mais acaba a necessidade que é sempre crescente.” De pouco adiantaram os apelos do pobre de que sua propriedade era pequena, de que a quantidade dágua que necessitava era muito pouca, e sem chances de aumentar de consumo como o outro argumentava. Tempos depois, na propriedade do pobre, surgiu naturalmente um pequeno veio dágua que começou a formar um pequeno açude. Aquele pouco, naquelas terras áridas, era uma verdadeira benção. Ao ver aquilo, o rico chamou seus engenheiros e lhes disse: “Acho que há um vazamento do meu lago para as terras do vizinho. Deve ser em baixo da terra, pois não vejo nada em cima. Quero que construam em volta do meu lago uma grossa e firme parede de concreto, de modo que esse vazamento seja fechado...”. E isso foi feito. Mas com o passar do tempo, o açude do pobre enchia mais e mais, e logo, o lago do rico quase se esvaziou, ficando apenas uma pequena poça de água enlameada. Qual não foi sua surpresa, ao descobrir que o veio de água responsável pela fartura do seu lago, ficava na verdade nas terras do vizinho pobre. Assim, ao fechar o caminho, deixara de receber a preciosa água, que sempre julgou lhe pertencer. Moral da História: "A arrogância é o caminho mais curto para a ruína”

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os Dois Vizinhos.


Era uma vez um agricultor muito rico, em cujas terras plantava trigo. Ao lado do seu terreno, havia outro agricultor igualmente afortunado, que também plantava trigo, mas, apesar de bem sucedidos, não se davam muito bem um com o outro. Com o tempo a intriga dos dois chegou a um ponto que mal se cumprimentavam; por fim deixaram de falar um com o outro. Viviam competindo e cada um desejando comprar o terreno do outro. Numa noite que prenunciava tempestade, muitos trovões ecoavam ao longe e vigorosos raios cortavam ferozmente os céus. Os dois vizinhos preocupados olhavam das janelas de suas casas, os imensos campos de trigo à sua volta, e ambos rezavam para que um raio não caísse em suas plantações, pois aquilo seria uma catástrofe. Eis que caiu um raio, no terreno do mais briguento dos dois, e um foco de incêndio imediatamente se formou no meio da plantação. Foi um caos, todos os empregados no meio da seara, correndo de um lado para o outro, tentando a todo custo apagar o fogo. Da sua janela distante o outro vizinho assistia à tudo com ares de preocupado. Foi com grande surpresa, que o vizinho atingido pelo fogo, viu que de repente, todos os empregados da fazenda vizinha, os servos do seu inimigo, também estavam empenhados em apagar o incêndio. Surpresa maior foi quando viu seu vizinho, pessoalmente, no meio do trigo, lutando contra o fogo. Ele não se conteve e lhe dirigiu à palavra: "Seu gesto é comovedor vizinho, pois apesar de sermos inimigos, diante das dificuldades, podemos ver que o senso de solidariedade fala mais alto. Fico contente por você e seus servos estarem preocupados comigo e ajudando a apagar o fogo." Ao que o outro lhe respondeu: "Não estou preocupado com você, mas, comigo mesmo. Veja bem, se o incêndio continuar, logo se espalha pela sua plantação e acabará por atingir também a minha." Moral da História: Algumas vezes, ajudar a resolver um problema que aparentemente não é nosso, pode ser uma escolha inteligente”

Jogo de Búzios . Para consultar sua vida material e espiritual.


Búzio, concha de praia de vários tamanhos, utilizada como objeto de adorno nas roupas dos Orixás onde são aplicados formando desenhos, em colares chamados de fio-de-contas onde são colocados como fecho ou como Brajá totalmente feito de búzios imitando as escamas de uma cobra, como objeto de comunicação com os Orixás nas consultas ao jogo de búzios e Merindelogun. O búzio tem uma abertura natural e uma parte ovalada, a maioria dos adornos e jogos de búzios são feitos com os búzios cortados, onde é tirada a parte ovalada do mesmo. Existe muita discussão sobre qual seria o aberto e o fechado. A legenda das fotos estaria trocada, na visão das pessoas que consideram a parte quebrada como sendo o aberto. Outros consideram que a abertura natural do búzio seja o aberto e a outra que é quebrada e ralada seja o fechado Alguns sacerdotes jogam com os búzios inteiros nesse caso o aberto é a abertura natural do búzio. Búzio aberto No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ou Merindelogun. Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião Batuque, Candomblé, Omoloko, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos. Adotado pelas mulheres pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens. Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje o Merindilogun (jogo de buzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dos Babalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa)também o mais utilizado aqui no brasil. No entanto, segundo algumas correntes e crenças nem todas as pessoas podem ler buzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral estão pré destinadas às Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado pela mãe ou pai de santo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Conto Zen: Baso e a Meditação


Quando jovem, Baso praticava incessantemente a Meditação. Certa ocasião, seu Mestre Nangaku aproximou-se dele e perguntou-lhe: - Por que praticas tanta Meditação? - Para me tornar um Buda. O Mestre tomou de uma telha e começou a esfregá-la com uma pedra. Intrigado, Baso perguntou: - O que fazeis com essa telha? - Pretendo transformá-la num espelho. - Mas por mais que a esfregueis, ela jamais se transformará num espelho! Será sempre uma pedra. - O mesmo posso dizer de ti. Por mais que pratiques Meditação, não te tornarás Buda. - Então o que fazer? - É como fazer um boi andar. - Não entendo. - Quando queres fazer um carro de bois andar, bates no boi ou no carro? Baso não soube o que responder e então o Mestre continuou: - Buscar o Estado de Buda fazendo apenas Meditação é matar o Buda. Dessa maneira, não acharás o caminho certo.

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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