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domingo, 31 de março de 2013

Enquanto houver Amizade!


Pode ser que algum dia deixemos de nos falar... Mas, enquanto houver amizade, Faremos as pazes de novo... Pode ser que o tempo passe... Mas, se a amizade permanecer, Um de outro se há de lembrar. Pode ser que um dia nos afastemos... Mas se formos amigos de verdade, A amizade nos aproximará. Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar a amizade, Nasceremos de novo um para o outro. Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, Cada vez de forma diferente, Sendo único e inesquecível cada momento Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre, A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

sábado, 30 de março de 2013

O RIO E O OCEANO.


Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!! Osho

quarta-feira, 27 de março de 2013

As coisas que não falei...


Eu não falei, que a vida foi injusta para mim ao separar-me de você... Eu não falei, que quando o conheci senti-me feliz com a sua presença, que me encantou... Eu não falei, que apesar de todas nossas diferenças me realizei como Mulher... Eu não falei, que jamais me passava pela cabeça que nossas diferenças de idade seria um pouco cruel, e nem pensava nisso... Eu não te falei,que o seu amor abalou toda minha estrutura... Eu não te falei, que depois que você se foi me sinto em frangalhos, e que nada mais me importa na vida... Porque se eu te falasse, você jamais sairia de perto de mim, mas a vida quis assim... de Ruth um pouquinho de mim...para "Vidas e Sonhos".

O menino Ladrão e sua mãe. Fábula do Esopo.


Ao voltar da escola,um menino entregou a sua mãe as tabuinhas que roubara do seu colega. Como esta não o castigasse, mas ainda elogiasse, em uma segunda vez ele roubou um manto e lhe trouxe. E sua mãe elogiou ainda mais.A criança cresceu e, já moço, passou a praticar roubos maiores. Um dia, porém foi apanhado em flagrante, e com as mãos atadas às costas foi levado ao carrasco. Sua mãe o acompanhava batendo no peito em sinal de pesar, e ele disse que queria falar-lhe algo no ouvido. E assim que ela se aproximou do filho, ele abocanhou o lóbulo de sua orelha e arrancou com selvageria. Ela o censurou por sua impiedade, pois não bastasse os crimes anteriores, também mutilava sua mãe! E ele respondeu:"Se no dia em que trouxe aquela tabuinha, meu primeiro roubo, tu me tivesses repreendido, eu não me veria hoje neste ponto, sendo conduzido para a morte". Moral : A Fábula mostra que o vício que não é reprimido desde o início torna-se cada vez maior. Fábula do Esopo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Simpatia para atrair Dinheiro.


Distribua para sete pessoas sete moedas de dez centavos. A pessoa que receber a moeda deverá enterrá-la , dizendo:" Nesse momento enterro minha pobreza". Depois de ter enterrado a moeda a pessoa deve esperar por sete dias de desenterra-la dizendo: "Estou desenterrando minha riqueza" Simpatia da Bruxinha Valentina para "Vidas e Sonhos".

domingo, 24 de março de 2013

O CACHORRINHO DA MINHA IRMÃ E SEU URSINHO


"Desaparecimentos misteriosos de pessoas, carros, navios, aviões, coisas e até de animais ocorrem em todo o mundo sem explicação, sendo que nunca mais são encontratos. O que seria a causa desses misteriosos desaparecimentos? Portais interdimensionais? Uma passagem temporal para outra época? Ou o que?" O Relato a seguir é sobre um desses inúmeros e misteriosos acontecimentos! ================================================================================= Minha irmã tem um cachorro, ganhou do namorado dela ainda filhote. Quando ele chegou em casa, demos um ursinho pra ele, para que pudesse brincar e não se sentir sozinho. Enfim, esse ursinho acabou sendo uma espécie de "namorada" pro Príncipe (nome do cachorro da minha irmã). Onde vai, leva o bendito urso com ele. Até quando minha irmã resolve lavar o urso, o Príncipe fica olhando e esperando secar no varal. É até legal ver os dois juntos, muito engraçado. Bom, em janeiro deste ano fomos viajar para o litoral e não tínhamos com quem deixar o Príncipe. Resolvemos que teríamos que levá-lo conosco. Mas, não se sabe como, o ursinho do Príncipe sumiu. Procuramos durante os dois dias anteriores à viagem pelo urso, e não o encontramos. O Príncipe ficou muito triste mesmo, não queria saber mais de brincar. Mesmo assim, partimos e levamos ele, sem o urso. No dia 07-02-2013, fui pra casa da minha mãe no meu horário de almoço. Cheguei e o Príncipe estava deitadinho na porta da cozinha, moadinho como sempre ficou desde o sumiço do urso. Entrei, abri a geladeira, olhei pro Príncipe de novo e qual foi minha surpresa? O Príncipe todo contente com seu ursinho na boca!!!! Parecia que o abraçava!!! Ele vinha até mim, como querendo que eu fosse ver o urso! Perguntei pra minha mãe quem tinha achado o ursinho e ela, toda espantada, foi ver se era verdade! Estavam todos em casa e NINGUÉM sabia do aparecimento dele. Meus pais não têm vizinhos, nem dos lados, nem nos fundos. Então, descartamos que alguém tenha jogado pelo muro. Foi muito estranho, de onde esse urso apareceu? Onde esse urso estava todo esse tempo? Como pôde assim, aparecer do nada??? Até meu pai que é a pessoa mais racional que conheço, não soube explicar o ocorrido. Seria outro caso sobre Universo Paralelo??? Alguém poderia explicar? Abraços a todos! Gentilmente, Anta Paula ================================================================================= • Muitos casos de desaparecimento inexplicáveis de pessoas, objetos e animais ocorrem por todo o mundo, sendo que em alguns casos os "desaparecidos" ressurgem em outros locais da mesma forma misteriosa como desapareceram. O que causaria esses estranhos fenômenos?

sábado, 23 de março de 2013

O Buda Silencioso .


Era uma vez, existia um homem muito rico morando em Benares, na Índia Setentrional. Quando seu pai morreu, ele herdou até mais riqueza. Ele pensou, "Por que eu deveria usar este tesouro somente para mim? Permitirei que meus semelhantes também se beneficiem desta riqueza." Assim ele construiu salões de jantar nos quatro portões da cidade - norte, leste, sul e oeste. Nestes salões de jantar ele deu comida livremente a todos que quiseram, e ficou famoso por sua generosidade. Também ficou conhecido que ele e seus seguidores eram praticantes dos Cinco Passos de Treinamento. Naqueles dias, havia um Buda Silencioso meditando na floresta próxima de Benares. Ele era chamado Buda porque era iluminado, isso significava que ele não mais se sentia a ele mesmo, o chamado 'eu’, como sendo de qualquer forma diferente de tudo da vida vivida propriamente. Assim ele podia experimentar a vida como realmente é, em cada presente momento. Sendo alguém com toda a vida, ele era cheio de compaixão e complacência com a infelicidade de todos os seres. Então desejou instruir-se e ajudá-los a serem iluminados da mesma maneira que ele era. Mas o tempo de nosso conto era na maioria das vezes desafortunado, um tempo muito triste. Era um tempo no qual ninguém estava disposto a entender a Verdade, e sentir a vida como realmente é, e desde então este Buda soube disso, e era por isso que ele era Silencioso. Enquanto meditava na floresta, o Buda entrou estado mental muito elevado, sua concentração era tão grande que permaneceu imóvel por sete dias e noites, sem comer ou beber. Quando retornou ao estado normal, ele estava em risco de morrer de fome, no momento habitual do dia, ele foi buscar comida na mansão do homem rico de Benares. Quando o homem rico acabou de se sentar para almoçar, ele viu o Buda Silencioso que vinha com sua tigela, ergueu-se de sua cadeira respeitosamente e ordenou ao seu empregado para oferecer comida a ele. Enquanto isso, Mara, o deus da morte, estava assistindo, Mara é aquele que é cheio de cobiça para ter o poder sobre todos os seres, ele tem este poder por causa do temor da morte. Desde que, um Buda viva plenamente a vida em cada momento, ele não tem nenhum desejo de vida futura, e nenhum medo da morte. Então, já que Mara não tinha nenhum poder sobre o Buda Silencioso, desejou destruí-lo. Quando viu que ele estava prestes a morrer de fome, soube que teria uma boa chance de ter sucesso. Antes de o empregado poder colocar a comida na tigela do Buda Silencioso, Mara criou um poço profundo de carvão em chamas, ardentes e vermelhos entre eles. Parecia com a entrada para o inferno. Quando viu isto, o empregado temeu pela morte e correu de volta para seu patrão. O homem rico perguntou a ele por que ele retornou sem dar a comida. Ele respondeu: - "Meu senhor, existe um enorme e profundo poço quente de carvões vermelhos em chamas justo na frente do Buda Silencioso." O homem rico pensou, "Este homem deve estar vendo coisas!" Então enviou outro empregado com a comida, e este também retornou assustado com o mesmo poço de carvões ardentes. Vários empregados foram mandados, mas todos retornaram assustados com a morte. Então pensou o patrão, "Não há dúvidas de que Mara, deus da morte, pode tentar evitar meu saudável ato de oferecer comida ao Buda Silencioso! Porque ações saudáveis são o início do caminho para o esclarecimento, assim, Mara deseja me parar a qualquer custo. Mas ele não entende minha confiança no Buda Silencioso e minha determinação em ofertar." Assim ele próprio levou a comida para o Buda silencioso. Ele mesmo viu as chamas que subiam do poço ardente. Então olhou para cima e viu o terrível deus da morte, flutuando acima no céu. Ele perguntou, "Quem é o senhor.?" Mara respondeu, “eu sou o deus da morte!" "O senhor criou este poço de fogo?" Perguntou o homem. "Eu criei," disse o deus. "Por que o senhor fez isso?" "Para afastar você de dar comida, e deste modo causar a morte do Buda Silencioso! Também para evitar a sua ação saudável de ajudar você no caminho do esclarecimento, assim você permanecerá em meu poder!" O homem rico de Benares disse, "Oh Mara, deus da morte, demônio, você não pode matar o Buda Silencioso e você não pode impedir minha ação saudável de doar! Vamos ver qual determinação é mais forte!" Então ele olhou de um lado para outro do poço furioso de fogo, e disse para o tranqüilo e gentil Iluminado, "Oh Buda Silencioso, faça com que a Luz da Verdade continue a brilhar como um exemplo para nós. Aceite este presente de vida!" Assim dizendo, ele esqueceu completamente de si mesmo, e naquele instante não existia nenhum medo da morte. Assim, ele andou no poço em chamas, ele sentiu-se sendo erguido por uma formosa flor fresca de lótus. O pólen de desta flor milagrosa estendeu-se no ar, e o cobriu com sua brilhante cor de ouro. Em pé no coração da flor de lótus, o homem despejou a comida na tigela do Buda Silencioso. Mara, deus da morte, estava derrotado! Em agradecimento a este presente maravilhoso, a Buda silencioso levantou suas mãos em bênção. O homem rico curvado em homenagem, juntou suas mãos acima de sua cabeça. Então o Buda Silencioso partiu de Benares, e foi para as florestas do Himalaia. Ainda em pé na maravilhosa flor de lótus, brilhando com cor de ouro, o patrão generoso ensinou a seus seguidores. Ele disse a eles que a prática dos Cinco Passos de Treinamento é necessária para purificar a mente. Ele disse a eles que aquele que tem mente pura, existe grande mérito dando esmola - isso é verdadeiramente o presente da vida! Quando ele terminou o ensinamento, o poço ardente e a encantadora e fresca flor de lótus desapareceram completamente. A moral é: Não tenhas nenhum medo de fazer ações benevolentes. A tradução deste texto é uma preciosa colaboração de Moacir Correias -

quinta-feira, 21 de março de 2013

O Rei Bondade, o grande. Contos.


Era uma vez, um Ser Iluminado que nasceu na família real, em Benares, norte da Índia. Quando se tornou rei foi chamado de Rei Bondade, o Grande. Ele ganhou este título porque tentava fazer boas coisas o tempo todo, até mesmo quando os resultados pudessem não ser em seu benefício. Por exemplo, ele despendeu muito do tesouro real na construção e manutenção de seis casas de caridade. Ajuda e manutenção eram dadas gratuitamente nestas casas para todos os pobres e necessitados que chegavam, mesmo até aos viajantes desconhecidos. Rapidamente ele tornou-se famoso pela sua paciência, afetuosa, gentileza e compaixão. Era dito que ele amava todas as criaturas como um pai ama seus filhos menores. Claro que o Rei Bondade, o Grande, jejuava, respeitando os dias santificados, e naturalmente praticava os "Cinco Passos de Treinamento," renunciando às ações nocivas, que são: matar, roubar, promiscuir-se sexualmente, mentir, e drogar-se. Assim sua humana bondade tornou-se mais e mais pura. Uma vez que ele não desejava fazer mal a ninguém, o Rei Bondade, até mesmo recusava prender ou prejudicar malfeitores. Sabendo disto, um dos seus mais importantes ministros tentou tirar vantagem dele. Inventou um plano para enganar algumas das mulheres do harém real. Posteriormente isto tornou-se conhecido por todos e foi reportado ao rei. O rei chamou o mau ministro a sua presença e disse, "Eu investiguei e descobri que você cometeu um ato criminoso. O boato tem se espalhado e você desonrou a si próprio aqui em Benares. Então, é melhor que saia daqui e vá viver em qualquer outro lugar. Você deve pegar toda a sua fortuna e sua família, vá para onde quiser e seja feliz lá, e aprenda esta lição". O ministro pegou sua família e todos os seus pertences e foi para a cidade de Kosala, sendo na realidade muito esperto ele se esforçou e se tornou um ministro do rei, com o tempo ele veio a ser o conselheiro mais confiável do Rei de Kosala. Um dia ele disse ao rei, "Meu senhor, eu vim para cá de Benares, a cidade de Benares é como uma colméia onde as abelhas não mordem, o rei dominante é muito brando e fraco, com apenas um pequeno exército poderá facilmente conquistar a cidade e fazê-la sua." O rei duvidou disto e então disse, "Você é meu ministro, mas fala como um espião que está me induzindo a entrar numa cilada!" O ministro respondeu, "Não, meu senhor, se não me acredita, mande seus melhores espiões para verificar o que eu digo, não estou mentindo, quando ladrões são trazidos à presença do Rei de Benares, ele lhes dá dinheiro, e os aconselham a não tomar o que não lhes é dado, e os deixam ir livremente". O rei decidiu averiguar para ver se isto era verdade, então ele mandou alguns ladrões para atacar uma antiga vila da fronteira pertencente ao reino dos Benares, os aldeões capturaram os saqueadores e os trouxeram ao Rei Bondade, o Grande, ele os indagou, "Por que vocês querem cometer este tipo de crime? Os ladrões responderam, " Vossa Majestade, nós somos pessoas pobres. não há como viver sem dinheiro, como existem muitos trabalhadores no seu reino, não há trabalho para nós aqui, de modo que tivemos de saquear a província a fim de sobrevivermos." Ouvindo isto, o rei deu-lhes presentes em dinheiro e os advertiu a mudarem seus meios de vida, e os deixou ir embora livremente. Quando o Rei de Kosala ficou sabendo disto, mandou outra gang de bandidos desta vez para as ruas de Benares, eles também saquearam as lojas e até mataram algumas pessoas. Quando foram capturados e levados à presença do Rei Bondade, o Grande, ele os tratou da mesma forma como aos primeiros ladrões. Sabendo disto, o Rei de Kosala começou a marcha com sua tropa e seus elefantes em direção à Benares. Naquela época o Rei de Benares tinha um poderoso exército o qual incluía muitos bravos elefantes, havia muitos soldados, e também alguns que eram tão grandes como gigantes, era sabido que eles eram capazes de conquistar a Índia toda. Os gigantes soldados contaram ao Rei Bondade, o Grande, sobre a invasão do pequeno exército de Kosala e pediram permissão para atacá-los e matá-los a todos. Mas o Rei Bondade, o Grande, não os mandariam para batalha. Ele disse, "Meus filhos, não briguem apenas para que eu permaneça rei, se destruirmos as vidas de outros, nós também destruímos nossa própria paz mental, por que deveríamos matar outros? Deixem que eles tomem o reino se eles o querem tanto, eu não desejo brigar." Os ministros reais disseram, " Meu Senhor, nós próprios iremos lutar com eles, não se preocupe, apenas nos dê a ordem." Porém, mais uma vez, o Rei Bondade, o Grande, os impediu. Enquanto isso o Rei de Kosala mandou um aviso, dizendo ao Rei Bondade, o Grande, que lutasse ou abrisse mão de seu reino. O Rei Bondade lhe mandou esta resposta: "Eu não quero que você lute comigo, e você não quer que eu lute com você. Se quiser o reino, você pode tê-lo. Por que deveríamos matar pessoas apenas para decidir o nome do rei? Que importa até mesmo o próprio nome do país?" Ouvindo isto, os ministros vieram à presença do rei e apelaram, "Meu Senhor, deixe-nos ir com nosso poderoso exército, vamos vencê-los com nossas armas e capturá-los a todos, somos mais fortes do que eles, não temos que matar ninguém e além do mais, se entregarmos a cidade, as forças inimigas certamente nos matarão a todos!" Mas o Rei Bondade, o Grande, não se comoveu, recusou-se prejudicar a qualquer pessoa e respondeu, "Mesmo que vocês não desejem matar, pela luta muitos poderão ser feridos e por acidente alguns podem morrer, ninguém sabe o futuro - se nossos atacantes irão nos matar ou não, porém sabemos se nossas ações presentes são certas ou erradas, além do mais, eu não irei prejudicar, ou deixar que outros prejudiquem, qualquer ser vivente!" O Rei Bondade, então, mandou que os portões da cidade fossem abertos aos invasores. Ele levou seus ministros para o andar de cima do palácio e os advertiu, "Não digam nada e tentem manterem-se calmos." O Rei de Kosala entrou na cidade de Benares e viu que não havia ninguém contra ele, então ele e seus soldados entraram e foram para o andar de cima e capturaram o inocente Rei Bondade, o Grande, os soldados amarraram as mãos do rei derrotado e de todos os seus ministros. Eles foram levados para o cemitério fora da cidade, foram enterrados, de pé, até o pescoço, tendo apenas suas cabeças sobre o solo, mas até mesmo enquanto a terra suja estava quase prendendo seu pescoço, o Rei Bondade, permaneceu sem nenhuma raiva em sua mente e nem disse nada. Quanto aos seus ministros, sua disciplina e obediência ao Rei Bondade, era tão grande que nenhum disse qualquer palavra contra ninguém, o Rei de Kosala porém não teve dó e disse com tom rude, "A noite está chegando, deixem os chacais fazerem bom proveito desses!" E aconteceu que, à meia-noite, um grande bando de chacais pairara sobre o cemitério. Podiam sentir o cheiro do banquete de carne humana esperando por eles. O Rei Bondade e seus ministros, vendo os chacais se aproximando gritaram todos ao mesmo tempo e os espantaram, isto aconteceu mais duas vezes, daí os sabidos chacais concluíram, "Estes homens devem ter sido colocados aqui para que os matemos e os comamos." e, não mais amedrontados, eles ignoraram os gritos. O chacal rei caminhou justamente para o rosto do Rei Bondade, o rei ofereceu seu pescoço para o canídeo, porém antes que o animal pudesse mordê-lo, o Rei agarrou com seus dentes o queixo do chacal, e sem machucá-lo apertou-o com força de forma que o chacal rei uivou de medo. Isto amedrontou seus companheiros e todos eles foram embora. Nesse meio tempo o chacal rei debatia-se de um lado para outro, tentado desesperadamente livrar-se das poderosas mandíbulas do rei humano, e ao fazer tal movimentos ele liberava a terra suja agrupada ao redor do pescoço e dos ombros do rei, então, o Rei Bondade liberou o uivante chacal e conseguiu livrar-se da terra solta e levantar-se do solo. Então ele libertou seus amedrontados ministros. Alí por perto havia um cadáver, acontece que esse cadáver estava justamente no limite dos territórios reivindicados por dois demônios rivais. Eles estavam argüindo sobre a divisão do cadáver, insultando-se um ao outro da forma que somente demônios sabem fazer. Então um demônio falou para o outro, "Por que continuar discutindo ao invés de comer? justo alí está o Rei Bondade, o Grande, de Benares, ele é famoso em todos os mundos pela sua justiça, ele irá dividir o cadáver para nós. Eles arrastaram o cadáver para perto do rei e pediram-lhe para dividi-lo entre eles imparcialmente, o Rei respondeu, "Meus amigos, eu ficarei feliz em dividir este cadáver entre vocês, mas eu estou sujo e indecente e preciso me limpar primeiro." Os dois demônios usaram de seus mágicos poderes para trazer água perfumada, perfume, roupas, ornamentos e flores do próprio palácio em Benares. O rei banhou-se, perfumou-se, vestiu-se e se cobriu com os ornamentos e coroa de flores. Os demônios perguntaram ao Rei Bondade se havia algo mais que eles pudessem fazer. O rei respondeu que estava com fome, então, novamente, pelos seus mágicos poderes os demônios trouxeram o mais delicioso e temperado arroz, numa tigela de ouro, e água perfumada para beber, num copo de ouro - também do palácio real em Benares. Quando estava satisfeito, o Rei Bondade pediu aos demônios que lhe trouxessem a espada real, do travesseiro do Rei de Kosala, que estava dormindo no palácio em Benares. Por mágica aquilo também foi feito facilmente. Então o rei usou a espada para cortar o cadáver em duas metades, pela espinha abaixo, ele então lavou a espada real e a prendeu no seu cinto. Os famintos demônios, felizes, devoraram o cadáver, imparcialmente dividido, então, agradecidos eles disseram ao Rei Bondade, "Agora, que nossas barrigas estão cheias, há mais alguma coisa que podemos fazer por você?" O rei respondeu, "Com sua mágica, levem-me ao meu próprio quarto no palácio, ao lado do Rei de Kosala. Também, levem todos os meus ministros de volta às suas casas." Sem dizer uma palavra os demônios fizeram exatamente o que o rei lhes pediu. Naquele momento o Rei de Kosala estava dormindo profundamente na cama dos aposentos reais. Rei Bondade, o Grande, gentilmente tocou a barriga do rei adormecido com a espada real, o rei acordou muito surpreso, e por causa da pouca claridade de luz, ficou amedrontado ao ver o Rei Bondade inclinado sobre ele com a espada na mão, ele teve de esfregar seus olhos para se certificar de que não estava tendo um pesadelo! Então ele perguntou ao Grande Rei, "Meu Senhor, como conseguiu chegar até aqui apesar de todos os meus seguranças? Você estava enterrado até o pescoço no cemitério - como pode estar livre da sujeira, cheirando bem, vestido com seus robes reais e adornado com finas jóias e com as mais lindas flores? O Rei Bondade contou-lhe a história de como escapou do bando de chacais e também falou dos dois demônios que vieram até ele para resolver suas disputas, assim como do quanto eles ficaram agradecidos e o ajudaram com seus poderes mágicos. . Ouvindo isto o Rei de Kosala ficou subjugado pela sua própria vergonha, ele baixou sua cabeça para o Rei Bondade, o Grande, e disse, "Oh grande rei, os estúpidos e ferozes demônios, que vivem de comer a carne e beber o sangue de cadáveres - eles reconheceram sua suprema bondade, mas eu, que tive sorte bastante de haver nascido como um inteligente e civilizado ser humano - tenho sido muito tolo em não ver quão maravilhosamente pura é a sua bondade, eu prometo nunca mais conspirar contra ti, meu Senhor - que conquistou tal perfeita inofensividade, e prometo servi-lo para sempre como o mais confiável dos amigos, por favor me perdoe, ó grande rei." E, como se ele fosse um servo, o Rei de Kosala deitou o Rei Bondade, o Grande, na cama real, enquanto ele próprio deitou-se num pequeno sofá. No dia seguinte o Rei de Kosala chamou a todos os seus soldados para dentro do pátio do palácio. Alí, publicamente, louvou o Rei de Benares, e pediu seu perdão uma vez mais, entregou de volta o reino e prometeu que ele sempre iria proteger o Rei Bondade. Depois, ele puniu seu conselheiro, o ministro criminoso, e retornou para Kosala com suas tropas e seus elefantes. Rei Bondade, o Grande, sentou-se majestosamente em seu trono dourado. Ele estava protegido do sol por um branco e puro guarda-sol real, ele ensinou a seus fiéis súditos dizendo, " Povo de Benares, perfeição começa em se abrindo mão das cinco ações nocivas de uma vez por todas, as mais nobres qualidades de uma boa pessoa, seja ela rei ou súdito, são a gentileza e a compaixão, repleto destas qualidades, ninguém prejudica ninguém - qualquer que seja o preço ou o motivo, não importa quão perigosa seja a ameaça, a pessoa deve perseverar até que a grandeza de seu bom coração vença no final." Pelo resto do seu reinado, o povo de Benares viveu feliz e pacificamente. O Rei Bondade, o Grande, continuou realizando salutares trabalhos. Finalmente ele morreu e renasceu como merecia. Moral da história: "Recusando-se a prejudicar os outros, o bom de coração vence a tudo." A tradução deste texto é uma preciosa colaboração de Teresinha Medeiros dos Santos -

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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