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domingo, 10 de abril de 2016

O jovem e o sábio - Conto Zen.


"Numa pequena aldeia ao sul do Japão, vivia um velho sábio, que todas as manhãs caminhava até a beira de um pequeno riacho, e contemplava os pequeninos peixes que ali nadavam, lhes alimentava com punhados de arroz, e por vezes conversava com eles... ficava ali por horas, e depois se sentava embaixo de uma pequena árvore, e meditava o resto do dia... Todos os dias, o velho sábio cuidava dos peixes, e já conhecia as aves que viviam por ali, as flores do campo que se abriam, e celebrava a vida com enorme beleza e simplicidade. Um dia, ele viu escondido atrás de uma pedra, um jovem chorando... ele se aproximou, e muito delicadamente se sentou próximo do rapaz e esperou que ele se acalmasse... O rapaz, muito triste, soluçava, e por horas ficou ali mergulhado em sua dor... O sábio então, foi até o rio, e trouxe um pouco de água pura para ele beber. O jovem agradeceu, e ainda com os olhos cheios de dor e lágrimas, bebeu a água, e se acalmou. O sábio se sentou embaixo da árvore como fazia todos os dias, e o rapaz vendo o sábio ali imóvel em meditação se aproximou e lhe perguntou: Quem é você?- perguntou ele? -Sou a vida, respondeu o sábio. Qual o seu nome? - Nenhum nome e todos os nomes, disse o sábio. Como posso lhe chamar então? -Como quiser... O que é isso que está fazendo aí embaixo dessa árvore? Dormindo? - Estou acordando... Estou triste, disse o rapaz... -Sim, vi que está experimentando a tristeza. Meu irmão morreu hoje. Gostava muito dele, agora estou sozinho... - A morte nunca existiu. Só a vida existe... disse o sábio sem se mexer. Ninguém nunca está sozinho. A solidão não é real. Como pode, vi meu irmão morto.. todos choraram por ele ter morrido.. disse confuso o rapaz. Viram um corpo morto, mas aquele corpo não era seu irmão, aquele corpo era uma aparência que a vida experimentava por um tempo... aquilo que seu irmão é de verdade, você também é, eu e tudo o mais também é... Só a Vida é real. E a Vida é eterna... O jovem olhava o sábio sem compreender, mas algo em seu coração se acalmou, e ele sentiu uma imensa vontade de permanecer ali aos pés daquele homem.. e também experimentar aquela serenidade, aquela paz, que o sábio sentia... Quer dizer que o corpo do meu irmão morreu, mas meu irmão não morreu? Sim. Porque também nunca nasceu. O corpo tem um tempo útil, surge no oceano da Consciência e se dissolve ... mas seu irmão nunca foi o corpo, seu irmão estava vivendo na aparência daquele corpo, seu irmão é a Vida, assim como você... . Você vê este riacho? Você vê esta árvore, estas nuvens no céu, estes peixinhos, aqueles pássaros voando ao longe? Vida, vida acontecendo, vivendo, vida, vida, vida... Tudo o que existe é a Vida. As formas que ela cria, são infinitas, duram um tempo e se desfazem, mas a Vida, jamais nasceu, jamais morre... só a Vida permanece... e 'você' é Ela.... Conta-se que o jovem a partir daquele dia se tornou discípulo do velho sábio, e ele mesmo se tornou um grande sábio, e peregrinou levando luz e sabedoria, por várias regiões do Japão.." Conto Zen (autor desconhecido)

sábado, 9 de abril de 2016

Caminhos tortuozos.


Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram ao velho: – Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado! E o velho respondeu: – Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. -O resto é julgamento de vocês. As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente as pessoas se reuniram e disseram: – Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção. E o velho disse: – Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta… O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar: – E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas. E o velho disse: Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção… Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho. E os que foram para a guerra, morreram… Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre… As vezes vemos apenas a desgraça e não vemos a bênção que ela nos traz… (Osho)

O Segredo da felicidade - Conto Indiano.


"Dizia-se que havia um sábio na Índia que tinha o segredo da felicidade, e que o guardava cuidadosamente em um cofre. O rei mandou chamá-lo e lhe ofereceu muito dinheiro pelo cofre, mas o sábio simplesmente recusou a oferta, dizendo que era algo que o dinheiro não podia comprar. Um dia, uma criança se apresentou diante do sábio. - Sábio, por favor, ensine-me o segredo da felicidade. Movido pela pureza e inocência da criança, o sábio então lhe disse: - Preste muita atenção. A primeira coisa que você deve fazer é amar-se e respeitar-se e dizer a si mesmo todos os dias que você pode vencer todos os obstáculos que se apresentarem na sua vida. Isso se chama autoestima. A segunda que deve fazer é pôr em prática o que você diz e o que pensa. A terceira, é jamais invejar alguém pelo que ele tem ou é. Eles já alcançaram as suas metas, agora alcance as suas. A quarta, é jamais guardar rancor de ninguém no seu coração. A quinta, é não se apoderar do que não é seu. A sexta, é jamais maltratar alguém; todos os seres têm o direito de ser respeitados e queridos. E a última coisa que você deve fazer é acordar todos os dias com um sorriso e descobrir em todas as pessoas e em todas as coisas o seu lado positivo. Pense na sorte que você tem. Ajude a todos sem pensar no que poderá obter em troca e passe adiante o segredo da felicidade." Conto indiano

domingo, 13 de março de 2016

Boa resposta.


Um mecânico está desmontando o cabeçote de uma moto, quando ele vê na oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido. Ele está olhando o mecânico trabalhar. Então o mecânico para e pergunta: — Ei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta? O cirurgião, um tanto surpreso, concorda e vai até a moto na qual o mecânico está trabalhando. O mecânico se levanta e começa: — Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente, e, quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como é então, que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo? Então o cirurgião dá um sorriso, se inclina e fala bem baixinho para o mecânico: — Você já tentou fazer como eu faço, com o motor funcionando? Moral da História: Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem alguém e muda todas as perguntas.

sábado, 12 de março de 2016

Informação.


Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair dele e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta, a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Bob em pé na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Bob diz: "Eu lhe dou 800 dólares se você deixar cair esta toalha." Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Bob então entrega a ela os 800 dólares prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro "Quem era?" "Era o Bob, o vizinho da casa ao lado." - diz ela. "Ótimo! Ele lhe deu os 800 dólares que ele estava me devendo?" Moral da História: Se você compartilha informações a tempo, você pode prevenir exposições desnecessárias!

Problema sério.


O sujeito vai ao psiquiatra: — Doutor - diz ele -, estou com um problema: Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém embaixo. Aí eu vou embaixo da cama e acho que tem alguém em cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima. Estou ficando maluco! — Deixe-me tratar de você durante dois anos, diz o psiquiatra. Venha três vezes por semana, e eu curo este problema. — E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente. — R$ 120,00 por sessão - responde o psiquiatra. — Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito. Passados seis meses, eles se encontram na rua. — Por que você não me procurou mais? - pergunta o psiquiatra. — A 120 paus a consulta, três vezes por semana, durante dois anos, ia ficar caro demais, aí um sujeito num bar me curou por 10 reais. — Ah é? Como? - pergunta o psiquiatra. O sujeito responde: — Por R$ 10,00 ele cortou os pés da cama... Moral da História: Muitas vezes o problema é sério, mas a solução é muito simples. Basta usar o que você tem acima do pescoço para descobrir. Há uma grande diferença entre foco no problema e foco na solução

domingo, 31 de janeiro de 2016

O SÁBIO SAMURAI.


Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós? Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai. A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. — Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O LENHADOR E A RAPOSA.


Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada. Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho! Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente. Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranqüilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

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Vidas e Sonhos

Vidas e Sonhos
Sonhar é transportar num Mundo de Sonhos
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